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Montes Claros – Arte e Cultura

Wanderlino Arruda

É Montes Claros realmente uma cidade de arte e cultura? O que tem sido feito nos últimos dez anos pelos artistas, pelos intelectuais e pelo poder público no sentido de aumentar a produção de arte? Existe trabalho que possa ser considerado sério? Há liberdade ou há manipulação política nos setores da cultura? Afinal, quais são as perspectivas para o futuro, nas proximidades do século XXI e do III milênio? Muitas são as perguntas, especulações de todo tipo podem ser formuladas, considerações de ordem erudita ou popular podem ser apresentadas. Muito espaço pode ser gasto em cogitações, porque o assunto é complexo e merece estudo minucioso. Nada mais verdadeiro, no momento, do que a necessidade de pensar e repensar, tudo tecnicamente, sem paixões, sem interesses pessoais, sem a demagogia que os políticos profissionais quiseram ou ainda podem querer impor, com exploração do povo, que, facilmente, se deixa iludir.
A primeira coisa que deve ser feita, a meu ver, é acabar com a bobagem de divisão entre cultura erudita e cultura popular, porque tudo é a mesma coisa. A manifestação de arte e inteligência não escolhe origens, pode vir de qualquer parte da cidade ou do município. O que existe é interesse maior ou menor de estudos, de pesquisas, de trabalho de apresentação de resultados. De nada adianta querer sufocar as chamadas elites culturais, com pretextos de popularismos bestas e interesseiros no sentido eleitoral. Arte e cultura nada têm a ver com partidos políticos. Pertencem, sim, à sociedade como um todo. O apoio, ou melhor, a liberdade de ação deve ser oferecida de modo amplo e irrestrito a todos os habitantes, e em todos os setores: música, pintura, literatura, teatro, desenho, escultura, dança, etc., que a inventiva humana não tem limites. Que o diga o mestre Hamilton Trindade, que já lutou tanto no assunto.
Agora, que o Centro Cultural Hermes de Paula volta atividades de forma global, depois de completamente reformado pela secretária Antonieta Silva e Silvério, poderá ser, de novo, uma fonte de programações que resultem movimentação artística verdadeiramente ampla, sem distinções de segmentação social. Não quer dizer que seja o Centro Cultural o único espaço de cultura, pois muitos outros existem, mas é lá – pode-se considerar – uma vertente de trabalho, o pólo principal, capaz de coordenar, incentivar, produzir, divulgar, distribuir, programar, premiar, provocar a criação constante. Daqui para frente, muito pode ser esperado, principalmente porque Antonieta Silvério trabalha com critérios técnicos e competência comprovada, sem ranço político de qualquer espécie e com trânsito livre em todo e qualquer setor da cidade. Mais do que tudo: com interesse de artista, que é.
Existe em Montes Claros de antes e de depois do Conservatório Lorenzo Fernandes, com D. Marina e sua equipe a marcar a tomada de consciência nos valores artísticos, assim como existiu Hermes de Paula para dar nascimento ao interesse pela cultura e pela história, ambos construindo um alicerce que político nenhum conseguirá destruir por mais demagogo que seja. Já passou o tempo da chamada inteligência do boi. Agora, Montes Claros já pode respirar ares mais novos na cultura e no saber. Aí estão entidades setorizadas ou não que muito podem produzir, cabendo o papel maior possivelmente ao Lorenzo Fernandes e a FACEART, porque trabalham de forma didática, com horários marcados tendo à frente professoras de maior credibilidade: Lígia Braga e Clarisse Sarmento. Fica faltando – e com urgência – a reestruturação da Feira de Artes – quem sabe – na Praça Doutor Chaves, o único local que ela funcionou o contento e com presenças de público mais interessado e responsável, certo para prestigiar os artistas.
Uma sugestão para Antonieta Silva e Silvério: convoque imediatamente todas as instituições de cultura da cidade, principalmente a Imprensa, para uma reunião ou reuniões projetos, decisões e compromissos. Façamos um planejamento geral e que sejam distribuídas as responsabilidades de trabalho, cada qual com o que lhe couber e for apropriado. Aí estão a Academia Montesclarense de Letras, a Sociedade das Amigas da Cultura, as associações de artistas Plásticas do Teatro, Repentistas, Artesãos, Poetas Populares, os grupos de Serestas, o Banze, os produtores independentes e tantas outras. Considerem-se como presenças imprescindíveis os representantes das páginas culturais da imprensa, da Reitoria, do Departamento de Letras da FAFIL, das escolas de Artes, das galerias da Caixa Econômica Federal e MIT (Ivana Tupinambá), do setor de cultura do Automóvel Clube. Pontos importantes a serem discutidos: a construção do Teatro Municipal e a criação do Museu de Montes Claros.
Há muito que fazer. Há muito mais para realizar. Mãos à obra.


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