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Manuel Bandeira

Madrigal Melancólico

O que eu adoro em ti  
Não é sua beleza  
A beleza é em nós que existe  
A beleza é um conceito  
E a beleza é triste  
Não é triste em si  
Mas pelo que há nela  
De fragilidade e incerteza  
   
O que eu adoro em ti  
Não é a tua inteligência  
Mas é o espírito sutil  
Tão ágil e tão luminoso  
Ave solta no céu matinal da montanha  
Nem é tua ciência  
Do coração dos homens e das coisas  
O que eu adoro em ti  
Não é a tua graça musical  
Sucessiva e renovada a cada momento  
Graça aérea como teu próprio momento  
Graça que perturba e que satisfaz  
   
O que eu adoro em ti  
Não é a mãe que já perdi  
E nem meu pai  
O que eu adoro em tua natureza  
Não é o profundo instinto matinal  
Em teu flanco aberto como uma ferida  
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza  
O que adoro em ti lastima-me e consola-me  
O que eu adoro em ti é A VIDA !!!


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