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Tomaz Antônio Gonzaga 

Tu não verás, Marília...

Tu não verás, Marília, cem cativos
tirarem o cascalho e a rica terra,
ou dos cercos dos rios caudalosos,
ou da mina da serra

Não verás separar o hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
e já brilharem os granets de oiro
no fundo da bateia.

Não verás derrubar os virgens matos,
queimar as capoeira inda novas
servir de adubo à terra a fértil cinza
lançar os grãos nas covas.

Não verás enrolar negros pacotes
das secas folhas do cheiroso fumo;
nem espremer entre as dentadas rodas
da doce cana o sumo.

Verás em cima da espaçosa mesa
altos volumes de enredados feitos;
ver-me-ás folhear os grandes livros,
e decidir os pleitos.

Enquanto resolver os meus consultos,
tu me farás gostosa companhia,
lendo os fastos da sabiá, mestra História,
e os cantos da poesia.

Lerás em alta voz, a imagem bela;
eu, vendo que lhe dás o justo apreço
gostoso tornarei a ler de novo
o cansado processo.

Se encontrares louvada uma beleza
Marília, não lhe invejes a ventura,
que tens quem leve à mais remota idade
a tua formosura.


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