Email

Webmasters:
Wanderlino Arruda
Djalma Souto




 

Ainda sobre inovações na língua

Wanderlino Arruda

Semana passada, pensando soltar uma bomba, apresentei a nova visão de gramática da língua portuguesa, onde não mais está existindo o conceito de certo e errado tão grato aos nossos antepassados e mesmo a muitos da atualidade. Pensei soltar uma bomba e causar grandes protestos, com gente telefonando e argüindo, a fazer mil reclamações em nome do purismo e das tradições. Ledo engano o meu: nenhum telefonema, nenhuma carta, NEM UMA palavra sequer na rua ou no trabalho e – pasmem – nem na própria faculdade. Uma tristeza para quem esperava fazer sensação, causar um reboliço lingüístico. Será que a elegância e o dever de bem comunicar está ficando em segundo plano na vida das pessoas? Parece!
Fico a pensar de como o meu amigo Joaquim F. Rodrigues Correia, depois de sessenta anos da escola portuguesa nas vizinhanças de Coimbra, ainda capricha na pronúncia lusitana, dando a cada sílaba, a cada fonema o valor que têm em Portugal, com um esforço enorme de manter a sintaxe com os pronomes e as preposições em seus devidos lugares. Correia tem na língua portuguesa (portuguesa mesmo) seu maior tesouro, tanto ou mais do que têm os coimbrenses, como se a fala fosse realmente o maior patrimônio da vida. Nunca me esqueço de um casal de namorados que ouvi atentamente num teatro em Lisboa (estavam sentados logo atrás de mim) e parece que, na minha vida, nunca ouvi língua mais bonita e mais sonora. Lembro-me também de dois senhores já quase bêbados num boteco de ruela do Porto, que falavam a língua mais musical do mundo, quase cantada e linda! Uma verdadeira perfeição gramatical.
Agora, vem isso aí, ninguém se interessa por nada, pode a língua tomar a direção que for, pouco importa. Querem acabar com a gramática oficial? Que acabem! Querem mudar os conceitos? Que mudem! Não querem fazer coisa nenhuma? Que não façam! Cada um está preocupado apenas com a própria vida. Quem está certo é o Georgino Júnior, o nosso Juninho da página 3 do caderno principal, no seu minifúndio do alto e do meio, normalmente em negrito ou itálico: não adianta nem fazer greve! Ninguém está querendo saber de nada. Em todo caso, seu protesto lhe deu uma boa crônica. Bonita, gostosa, supimpa, de que, tenho certeza, o leitor gostou e muito!
Acabo não falando nada da nova gramática alguns conceitos que gostaria de colocar (como dizem os psicólogos, pedagogos e cientistas sociais), alguns esclarecimentos necessários para melhor compreensão. Deixo-os para outra oportunidade, que é bom também ter um assunto engatilha do para o dia do branco nas idéias.

AMAR
Wanderlino Crônicas
Wander Poesias
Ebooks
Academia de Letras
Aclecia
Automovel Clube
Charme
Elos Clube M. Claros
Esperanto
Espiritismo Online
Folclore Brasil
Fundacao Marina
História de M. Claros
História M. Claros
IHGMC
Links Espíritas
Literature
Montes Claros
Poema Virtual
Poetry Poem
Rotary Club
Tripod

Wanderlino
Wanderlino.net