É
sempre possível termos, durante
o dia ou durante a noite, uma pequena
hora de meditação, aquele
necessário momento de examinar
a nossa consciência, de fazer
as nossas contas espirituais. Por
mais atribulada seja a nossa vida,
o nosso horário de trabalho,
as necessidades de diversão,
os atropelos naturais, é preciso
ter um momento de recolhimento íntimo,
uma viagem ao mundo do ser e do não-ser,
das realidades não concretas,
uma mistura de ordem lógica
e de fantasia.
Uma parada para pensar é sempre
muito útil. Um refazimento
de idéias e de energias dá
novo alento a cada período
futuro, garantindo-nos uma vida melhor,
mais assumida, mais certa do que é
correto e do está ficando errado
ou que precisa de conserto. Tenhamos
uma idéia exata do nosso papel
no palco da vida, pois, querendo ou
não querendo, todos somos artistas
de dramas e comédias a que
a existência nos conduz, nem
sempre marcados pela nossa vontade.
Qual está sendo o nosso desempenho?
Estamos fazendo o melhor que podemos?
Estamos seguindo fielmente o texto,
ou estamos improvisando instintivamente?
De uma coisa podemos estar certos:
a meditação, um parar
para pensar e repensar ajuda muito.
O trabalho é mais perfeito
quando dá maior organização.
Se organizarmos a nossa casa, o nosso
local de trabalho, se organizarmos
as nossas horas de lazer, organizemos
também a vida mental, o prisma
espiritual de cada momento. Só
assim evitaremos o perigo cada vez
maior do estresse, a causa principal
de quase todos os problemas humanos
deste final de século e de
milênio.
Aprendamos a viver e conviver cada
minuto de nossa vida.