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Montes Claros Internacional

Wanderlino Arruda

Foi muito gratificante para nós dos Elos Clube de Montes Claros recebermos a Diretoria Internacional para uma reunião formal e para um jantar convívio. Aliás, Diretoria Internacional muito bem acompanhada de dirigentes e associados elistas de Belo Horizonte, acrescida com duas presenças muito importantes: a do Cônsul e do Vice-Cônsul de Portugal em Minas Gerais, já conhecidos e amigos. Nem precisa dizer da alegria do encontro, quando velhos companheiros se confraternizam, matam saudades, tomam decisões de interesse geral, falam e discutem problemas e soluções do mundo cultural lusíada. É como que uma volta às origens, com o amor natural a quem possui o mesmo sangue, idênticos sentimentos de solidariedade.
Tendo o costume de fazer cada reunião sob o patrocínio de um dos seus clubes, o Elos Internacional deixou Montes Claros para o último encontro administrativo, exatamente quando a Diretoria estava a terminar seu mandato, tão enriquecido com dois anos de trabalho do professor Arthur Dalmasso. Clube mais distante, com exceção apenas do de Fortaleza, Montes Claros tem tido uma atuação irrepreensível, desde os de Antônio Loureiro Ramos, sempre lembrando como o símbolo maior do movimento elista. Era justo, portanto, que, proporcional ao afastamento no espaço, fosse dada uma compensação de homenagem e envolvimento na fraternidade. E assim foi feito.
Bem recebidos, como Montes Claros tem sabido receber todos os seus amigos, foi tudo uma festa para os olhos e para o coração. Era nos dias das festas do nosso folclore, com catopés, bumba-meu-boi, caboclinhos, missa do Divino, feira de arte mais enfeitada, Centro Cultural mais cheio de atrações, desfile de princesas e, creio que até de príncipes, um mundo de belezas, uma movimentação de cores e sons sem igual. Havia comidas típicas, bebida idem... Um encanto para o paladar também. Houve mostras e amostras, visitas, passeios, encontros sem desencontros... Alegria, emoções da chegada à despedida.
Foi tudo tão bom que, no Congresso Internacional de que participamos, dias depois, no início da primavera, em Belo Horizonte, chegávamos, às vezes, a ficar constrangidos com tantas gentilezas, tantos elogios, uma dedicação quase sem medida a todos nós, alvos de destaques em todas as oportunidades. Montes claros foi um nome de relevo, elogiado, ostensivamente projetado, inclusive nos encontros com o Embaixador, chefe da representação diplomática de Portugal em Brasília. Para nós, nada melhor termos assim um tratamento de tão grande finura, tudo revestido, pelo visto, de muito sinceridade. Foi uma glória!
Conto isso, para dizer de quanto podemos realizar, aqui, apesar das nossas deficiências, das nossas dificuldades. Pode haver tempero sentimental melhor para um jantar do que uma apresentação da seresta de Hermes de Paula? Haverá povo mais cativante, amizade mais envolvente? Dizem os visitantes que não. Montes Claros é cidade para se lembrar eternamente. Dela todos terão saudade. Uma alegre saudade, saudade doce e gostosa...


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