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Wanderlino Arruda
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Domingo doce e gostoso

Wanderlino Arruda

Pode o leitor estar lendo o que escrevo, na tarde ou na noitinha de sábado. Pode ser que já seja domingo pela manhã, bem cedo ou mais para a hora do almoço, que muita gente gosta de dormir mais um pouco. O tempo do antes e do depois não importa, o que vale é dar uma saída à rua, de carro ou a pé, de moto ou de bicicleta, ir ás praças, subir e descer avenidas. Sair da toca para ver gente, muita gente, no fim de semana, gente que também saiu para se divertir, para respirar os ares de uma cidade que está sensacional no seu movimento humano, numa inusitada alegria quase infantil. Uma procura de beleza para os olhos, uma harmonia para a alma e o coração. Como têm sido suaves as nossas noites de sábados, doces e gostosos os nossos domingos! Lindos e gratificantes, com muita fartura de emoções!
A alegria, na verdade, pode ser encontrada em toda parte, muito mais do que a tristeza. Sai dessa quem pensa no negativo! Montes Claros tem sido uma cidade muito feliz, com mil motivos de agradar, de preencher horas com justos entusiasmos. vejam os barzinhos, as “peladas” dos clubes das várzeas, as piscinas, os campos de vôlei e de basquete, os passeios no parque, as rodadas no aterro do Interlagos, a praça da Matriz com a Feira de Artes, a Praça de Esportes, o Centro Cultural, o Conservatório, as serestas, as corridas mansinhas da Avenida Esteves Rodrigues.
O ir e vir de alegres estudantes no início e no fim das aulas, o Kart, do Ibituruna, o motocross da estrada do Frigonorte, as gincanas, as corridas, que eu já coloco no plural porque devem continuar e, aí, já mando um recado para a Monvep e para JMC.
A cidade é feliz, muito feliz, porque tem agora Georgino Júnior escrevendo de novo, na maciez do doce de leite feito na fazenda, coisa de gente fina. Montes claros já é afortunada porque tem Paulinho Narciso para ver e ouvir os sons mais secretos dos nossos anseios, sentir o pulsar de um coração maior, um vidente que, vendo o belo, não se cega para obscurecer conscientes ou involuntários erros. A cidade de Montes Claros é festiva, é amorosa, grata aos que lhes são úteis pelo simples ato de viver e ser alegre, pelos que vestem uma roupa mais colorida, pelos que se dispõem a ter um jeito mais jovem, mais descontraído, pelos que amam e buscam ser amados!
Que cidade feliz e de muitas flores! Depois da paineiras, as bugenvílias, as rosas, o começo do ipê amarelo, tudo lindo, esvoaçante de juventude! Veja o leitor por si mesmo que maravilha está a Avenida Magalhães Pinto, quase em frente da Coteminas, aquele esplendor de cores da Natureza, coisa de se encantar! Olhe o muro vivo que circunda a Praça de Esportes, como já começa a florescer! Dê só uma espiadinha no Bairro Todos os Santos, no Jardim São Luís. Vá ao alto os Morrinhos e sinta que delícia estão os jardins da Tevê e da Rádio Montes Claros, um encanto de carinho! Olhe o parque da Siom, verde verdinho, o Aeroporto tão bem cuidado, e se puder, faça uma visita ao viveiro de plantas de D. Josefina Mendonça!
Se você está contente com a vida, saia para a rua para ver belezas e alegria. Se você está triste, um pouquinho doente, jogue a tristeza ou a doença de lado e corra para a amplitude do mundo lá fora e seja muito feliz. A felicidade não procura ninguém, nós é que temos de ir ao seu encontro. Isso é tão maravilhoso como o sol bonito da manhã de domingo!


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